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Projeto — Clubes Ciência Viva na Escola

Publicado a 18/05/2022, na categoria: Penguin Random House Grupo Editorial Portugal

Como os Clubes Ciência Viva estão a mudar as escolas

Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva, fala sobre um projeto pioneiro que está a mudar as escolas portuguesas. Símbolo da ligação entre a educação e a ciência, os Clubes Ciência Viva ajudam a democratizar o acesso ao conhecimento e à literacia científica, promovendo a cidadania.

Os Clubes Ciência Viva estão a mudar as escolas portuguesas. São espaços de conhecimento e de contacto com a ciência e uma via rápida de acesso à investigação que se faz hoje no nosso país em instituições científicas, universidades e empresas de base tecnológica.

Envolvem toda a comunidade educativa, promovem a articulação entre o ensino formal e não formal e incentivam à modernização dos modelos e estratégias de ensino usados pelos professores, tendo como objetivo a melhoria do ensino experimental das ciências nas escolas.

Ninguém fica de fora: desde o pré-escolar ao ensino secundário e ao ensino profissional, todos os alunos, qualquer que seja a área de estudo, têm lugar nestes espaços de união entre estudantes e professores pela descoberta e construção conjunta de hipóteses, de experimentação, de interpretação de resultados e de formulação de teses, onde a palavra de ordem é questionar.

Esta iniciativa conjunta da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e da Direção Geral de Educação nasceu em 2018 e em apenas três anos foi possível criar 237 Clubes Ciência Viva, que abrangem todo o território nacional, desde o litoral ao interior. Mas o projeto não fica por aqui. Até ao final deste ano encontra-se aberto o concurso de alargamento da Rede de Clubes Ciência Viva na Escola, que prevê a criação, até 2025, de 650 novos clubes. O Programa Impulso Jovens STEAM, inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevê o reforço da promoção do ensino experimental das ciências e técnicas e da cultura científica nos diferentes níveis de escolaridade através da Rede Nacional de Clubes Ciência Viva. O compromisso da Europa com este objetivo foi selado em junho de 2021 no Pavilhão do Conhecimento, o local escolhido para a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o Primeiro-Ministro António Costa assinarem o acordo do PRR.

Tal como o Pavilhão do Conhecimento simboliza a ligação entre a educação e a ciência, também os Clubes Ciência Viva na Escola cumprem esse propósito.

A abertura do concurso de alargamento da Rede Nacional de Clubes Ciência Viva na Escola foi celebrada há semanas na Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos. E foi contagiante ver o entusiasmo e a alegria genuína dos alunos e professores que todos os dias passam parte do horário da escola no “seu” Clube Ciência Viva: ouvir a explicação científica de dois estudantes sobre o carro movido a energia solar que estavam a pedalar, perceber como outros alunos tinham criado uma tabela periódica de tamanho XL que tem honras de instalação num dos átrios da escola — e que pode ser consultada por todos os que ali passam em passo mais ou menos apressado. E também testemunhar as experiências de laboratório que acontecem para lá da porta onde se lê “Clube Ciência Viva” e que está sempre aberta a todos e a todas.

Nos Clubes Ciência Viva são criadas experiências memoráveis assentes no desenvolvimento da literacia científica, da descoberta e da curiosidade que, com toda a certeza, não se limitarão a ser meras reproduções de experiências rotineiras de laboratório. Nos Clubes Ciência Viva irão germinar gerações de pessoas informadas, esclarecidas e interventivas nas suas comunidades, para quem a ciência continuará viva, independentemente do caminho profissional que venham a trilhar. São um exemplo de exercício permanente de cidadania.

Os Clubes Ciência Viva representam também uma oportunidade para as escolas se posicionarem na linha da frente do conhecimento, esbatendo diferenças sociais e dando a possibilidade a todos os alunos de participarem nessa grande aventura que é o conhecimento, tornando-os agentes de mudança.

Através destes espaços, os estudantes portugueses terão acesso a práticas científicas inovadoras e beneficiarão de parcerias sólidas com universidades, centros de investigação, museus e centros de ciência, empresas, associações e ONGs que fomentem a interdisciplinaridade e a abertura das escolas à comunidade.

Trabalhar em rede: é este, afinal, o ADN da Ciência Viva, fundada em 1996 por José Mariano Gago e cujos 25 anos estamos a celebrar em novembro, mês da ciência e do conhecimento.

Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva

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